Bancões são os mais seguros pra aplicar em LCI/LCA?

O fundo garantidor de crédito foi criado mais pra proteger os bancos do que propriamente o pequeno investidor que tem até 250 mil aplicados. Alguns possuem milhões aplicados nas modalidade de LCI/LCA e poupança e uma grana dessas num banco pequeno aumenta em muito o risco.

Quando comecei a poupar, tinha poupança no Itaú, mas migrei pro Banco do Brasil e hoje aplico tudo em LCI. Por essa solidez que esses bancos grandes tem, a rentabilidade das LCI e LCA são menores que a de bancos pequenos. BB hoje paga 75% do cdi na LCI, bancos pequenos pagam em média 95% do cdi na LCI. Tudo é proporção, selic mais baixa, o bancão vai pagar 85% e o banquinho 105%.

BB lucrou 32 bilhões em 2022 e Itaú 30 bilhões. Pega um banco que lucra 100 milhões no ano e você têm 50 milhões aplicados nele. Desproporcional e arriscado.

Claro que pra alguém que tem 50 milhões aplicados ganhar 0,80% ao mês e ganhar 1% ao mês faz alguma diferença. Mas pelo menos eu, se tivesse 50 milhões, não colocaria em banco pequeno.

LCI e LCA sempre vão render menos que o tesouro IPCA no longo prazo, mas tem a vantagem da rentabilidade diária e da boa liquidez, porque alguns bancões já trabalham com 90 dias pra liquidez diária e aplicação mínima de 500 reais.

É a aplicação que quando a selic estiver em 2% vai continuar rendendo mais que a poupança pela isenção de IR. Tesouro selic e cdb, ambos com selic muito baixa começam perder da poupança por causa do IR.

Não é qualquer um que vai colocar milhões em tesouro IPCA e ficar confortável com a marcação a mercado. Por isso, a segurança de um banco é importante pro psicológico do investidor conservador que busca solidez em primeiro lugar pro seu patrimônio líquido, juntamente com o investimento em imóveis físicos.

Abraço.

Grandes you tubers de finanças precisam vender cursos/aplicativos pra lucrarem mais e manter funcionários

O nicho de finanças é bem procurado, mas é bem complicado de manter uma constância sem repetições nos assuntos. É muito fácil de uma pessoa assistir um vídeo que interessa pra ela e depois que adquirir a informação, não voltar mais a assistir outros vídeos.

Não é de hoje que viver de Adsense no you tube está praticamente inviável pra maioria. Os que conseguem viver disso, são canais grandes que possuem no máximo um editor de vídeo e que os conteúdos não necessariamente precisam ser criados, mas apenas comentados.

É chato até pra mim que gosto de finanças ficar vendo sugestões de vídeos como "Como aplicar em CDB" "CDB a 110% do cdi no banco tal" " 10 formas de ganhar dinheiro online" "Como economizar mais ganhando pouco" " 5 ações de setores perenes" "Como gerar renda com fundos imobiliários"

Me Poupe é um exemplo de canal grande de finanças, mas com média de visualizações muito baixa por vídeo. É um canal com 7, 8 milhões de inscritos e com vídeos de 60, 80 mil visualizações. É ridículo o engajamento. Inclusive recentemente ela demitiu metade dos funcionários, pois quer apostar em aplicativos e máquinas pra substituir pessoas.

Primo Rico demitiu 90 funcionários ano passado.

Quando o povo está sem dinheiro sobrando, ninguém vai querer comprar curso e sim comida e pagar contas. Aplicativo pra controlar as finanças é uma coisa inútil, nem de graça o povo usa, quem dirá se começar a cobrar.  E além de ser inútil, vai contra o princípio da riqueza ficar anotando gastos pequenos como café, sorvete, etc...A regra das finanças é não gastar mais do que ganha e buscar ganhar mais.

Se uma pessoa não consegue fazer sobrar dinheiro por motivos de consumismo alto e financiamento, é o estilo de vida que ela leva o responsável pelo fracasso financeiro. 

Além da pobreza do povo, com a disparada da renda fixa, muitos não querem mais saber de comprar cursos pra aprenderem a investir em ações e fundos imobiliários. Quem não tem não investe e quem está tendo um pouco pra investir quer saber de renda fixa. Ai não sobra nada mesmo pros influenciadores. Quem sabe se a selic voltar pra 2% eles tenham mais sorte, já que boa parte das pessoas só pensa em rentabilidade mesmo.

Abraço.

Como investir em país com taxa de juros negativa se o investidor não tolera renda variável e nem aplicação no exterior?

A taxa de juros negativa basicamente incentiva o cidadão a abrir um negócio ou a consumir e quer tirar o dinheiro que está parado nos bancos ou nos títulos públicos.

Numa situação como essas, você percebe o quão importante é aumentar a renda pra poupar mais e minimizar as perdas deixando o dinheiro aplicado na renda fixa.

Logo, o investimento para quem não tolera renda variável ou aplicação no exterior, com taxa de juros negativa em seu país, é em si mesmo, pra ganhar mais ou em imóveis. Se o cidadão não quer abrir uma empresa, não quer consumir pra pelo menos tentar revender mais caro os produtos, não existe outra saída. 

A única coisa que poderia gerar algum ganho sem esforço, seria comprar um título a -0,25 ao ano e a taxa cair pra tipo -0,50 ao ano e ganhar numa marcação a mercado no preço do título, vendendo mais caro do que comprou. Mas, taxa de juros negativa praticamente não se movimenta.

É estranho um conceito de investimento aonde não existe ganho de juro composto, de juro nenhum.

O que se via, por exemplo, na Suiça até 2021, era uma taxa de juros de -0,75% ao ano e uma inflação de + 0,8% ao ano. Ainda com um pouco de inflação, se mantiveram os juros negativos.

Abraço.

Barsi e Bastter, duas filosofias de investimentos diferentes que influenciam muitos

Para Barsi, o preço importa, para Bastter, o preço ou taxa não faz a menor diferença. Essa é a principal discrepância das duas filosofias de investimentos.

Barsi não gosta de renda fixa, defendendo que uma carteira previdenciária e que gere riqueza deve ser totalmente focada em ações que paguem bons dividendos, mas compradas no preço certo.

Bastter, defende a maior diversificação possível entre renda fixa, fiis, ações, ouro, criptomoedas se for o caso, imóveis e dinheiro no exterior, mas deixa claro que ninguém é obrigado a ter renda variável se não se sente confortável com ela. 

                                                                  BARSI

 

                                                              BASTTER 

                    

Barsi não se importa de vender ações que considere que o preço está muito acima do que a empresa vale.

Bastter diz que se existirem 20 ótimas empresas na Bolsa, você deveria comprar as 20, aplicando frações do capital em cada uma e só vender quando elas começarem a dar prejuízos, que o preço médio vai a zero no longo prazo comprando um pouco por mês.

Para Barsi, o preço importa porque quanto mais barato se consegue comprar uma ação de boa empresa, mais quantidade de ações teremos e com isso mais dividendos são recebidos. 

Já para Bastter, o preço não importa porque ficar olhando preço só faz o investidor comprar na alta e vender na baixa desesperado.

A riqueza de Barsi não foi construída hoje, comprou boas ações quando ainda valiam centavos ou poucos reais e com os crescimentos das empresas fez sua fortuna com ganhos de capital e dividendos recebidos, sempre aumentando a quantidade de ações de empresas em setores perenes. 

Já Bastter é de uma geração mais moderna, quando no começo dos anos 2000 surgem analistas pra todo lado falando aonde devemos investir, etc...Ele busca desde então dar ênfase no pequeno investidor, mostrando que o foco é ganhar mais pra poder aportar mais e não adivinhar o mercado. Mais vale muito tempo investindo, do que preço, taxa ou tipo de investimento.

Abraço.